O Vôo (2012), de Robert Zemeckis (Review)
- Ricardo Orsini
- 9 de jun.
- 1 min de leitura
Atualizado: 21 de jun.

Uma sequência de desastre aéreo, intensa e precisa tecnicamente, nos coloca diante do dilema moral encarnado por um Denzel Washington intenso e comprometido com o papel.
Contudo, a investigação dessa ambiguidade inicial perde força à medida que o roteiro centraliza a narrativa na dinâmica do seu vício em álcool e sua eventual superação.
Ao colocar a fraqueza de Whitaker no núcleo da história, com um claro arco de redenção como destino, o filme atenua a própria complexidade que o tornava tão potente no começo.
A resolução emocional, ainda que eficaz em seu clímax confessional, com uma atuação contida, mas muito expressiva de Denzel Whshington, assume ares de melodrama, buscando uma catarse que parece simplificar a densidade dos conflitos morais de William "Whip" Whitaker.
O filme é tecnicamente competente, ancorado por uma atuação forte, mas opta por canalizar a turbulência de um caráter complexo para o percurso mais estruturado, ainda que não totalmente previsível, de uma história de redenção.
Ficha Técnica
Flight (O Voo), 2012, EUA. Direção: Robert Zemeckis. Roteiro: John Gatins. Diretor de Fotografia: Don Burgess. Elenco principal: Denzel Washington, Kelly Reilly, John Goodman, Don Cheadle, Nadine Velazquez. Produtora(s): Paramount Pictures, ImageMovers, Parkes/MacDonald Productions. Duração: 138 minutos. Idioma original: Inglês. Principais prêmios e indicações: Indicado ao Oscar de Melhor Ator (Denzel Washington) e Melhor Roteiro Original.




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